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Espaço das Guerreiras Truká
Espaço das Guerreiras Truká

 

VIOLENCIA CONTRA MULHER INDIGENA

 

             Apesar das expectativas da sociedade que espera mudanças no cenário político, o Brasil continua a apresentar um triste panorama de violações dos direitos fundamentais, entre elas os direitos das mulheres. A cada dia presenciamos o aumento do numero de assassinatos e abusos de trabalhadores rurais e lideranças indígenas, muitas delas são mulheres.

Essas comunidades estão sob ameaça permanente, seja traves da ação da policia ou de milícias privadas. E as causas das violações dos direitos civis e políticos estão relacionados diretamente ao não cumprimento dos direitos econômicos, sociais e culturais dos povos.

A presença da mulher indígena na comunidade é histórica, porem mesmo tendo já superado seu núcleo central de opressão e discriminação, ao lado das conquistas e mudanças, persistem e são criadas novas formas de discriminações as mulheres indígenas, proveniente também do contesto histórico da luta pela desintrusão e demarcação de seus territórios tradicionais.

Na luta dos povos indígenas os processos históricos, nos revelam que a mulher indígena foi objeto de discriminação e abuso desde a época da colonização, assim como a violência em curso, por terem se tornado ativistas sociais e defensoras de seus direitos junto com suas lideranças e comunidade.

E assim como os grandes guerreiros, também têm pagado com sua própria vida, devido a sua coragem e determinação na defesa dos direitos humanos, sendo que em muitos casos suas mortes continuaram impunes, outras com suas vidas comprometidas pelo descaso do governo no que diz respeito a garantia de sua integridade. Casos mais recentes se destaca a da guerreira maninha Xukurú-Karirí - AL, que teve sua vida ceifada por negligencia medica onde ela e tantas outras mulheres indígenas são vitimas da falta de inclusão nos programas de saúde da mulher, assim como também isentadas de qualquer atendimento primário diferenciado e digno, e Zenilda Xukurú do Ororubá – Pe, que sofre constantemente ameaças de morte por poderosos fazendeiros e políticos da região, que já tirarão a vida do líder Xicão Xucurú e desafiam a justiça pra  usufruir do território Xucurú a qualquer custo, ambos são casos reais  que reafirmam que a mulher indígena não só sofrem discriminação por gênero mais também por serem mulheres com coragem e força de justiça na defesa de seus direitos.

 

 

 

Isso prova que o governo brasileiro apesar de ter diversos mecanismos legais que protegem a vida e a integridade física e moral dessas mulheres acaba sendo conivente e paquituando com as agressões que permeiam os direitos das mulheres indígenas. As diversas violações contra as mulheres indígenas vem seguindo muitas linhas, e são vitimas também da violência sentimental, é a situação da mãe Silvana Truká, que teve seu filho de 17 anos assassinado em 30 de junho de 2005 por 4 policiais “agentes do governo”, Silvana teve seus projetos de vida familiares interrompidos e até hoje é possuída pela dor da perca de seu filho, mais uma mãe vitima a falta de proteção aos direitos humanos aos seus diretos como mulher indígena.

Todas as mulheres que defendem seus direitos e os direitos de outras mulheres sofrem discriminações e são marginalizadas experimentando os abusos e violações diárias.

Apesar de todos os obstáculos que enfrentam em todo o mundo as mulheres continuam sendo ativas na promoção e proteção de seus próprios direitos e das demais. participam ativamente do direito a uma educação especifica diferenciada e intercultural, da saúde diferenciada valorizando principalmente a medicina tradicional e muitas estão comprometidas na luta por uma justiça social de qualidade e a paz permanente. O papel das mulheres indígenas não se resume so nos afazeres domésticos, exercem o papel de mães, esposas, de lideranças, são agricultores, parteiras, professoras, merendeiras, agentes comunitárias e as mais velhas são sabias por natureza estando presente em todas as decisões importantes da comunidade.

Com tantos e tantos absurdos sofridos, as mulheres indígenas firmam mais uma bandeira de luta e resistência contra a opressão, decidiram unir forças para combaterem as agressões as quais são submetias e agora já organizadas e fortalecidas lutam por políticas publicas que venham a contribuir na valorização da mulher indígena no reconhecimento de suas diversas habilidades no âmbito do lar e no mercado de trabalho, sem esquecer da importância das mesmas na luta do movimentos indígena em nosso país a qual eles vem se destacando e pontuando junto com as lideranças propostas que vem contribuindo no fortalecimento da identidade cultural de seus povos.

Podemos dizer que os direitos das mulheres indígenas também são direitos humanos e lutar por igualdade das mulheres tem sido muitos dificil no mundo castigado por relações sociais de domínio masculino e de características patriarcas.

 

 

Entendemos que a falta de respeito com a identidade étnica e cultural de nossos povos viola diretamente os direitos fundamentais das mulheres indígenas assim como a não demarcação e desintrusão de seus territórios influenciam em todos os fatores de violência sofridas por elas, até mesmo porque falar em mulher indígena e de sue direitos é falar do respeito a terra, a água,  a mata, a caatinga a natureza em sí, a cultura e ao seu valor dentro as comunidade, seria dizer que o governo ao pensar em direitos das mulheres indígenas é mais que pensar! é simplesmente respeitar a constituição brasileira, ao estatuto dos povos indígenas e todas as suas formas de organizações e reinvidicações feitas pelos povos indígenas nesses mais de 508 anos de Brasil.

É de responsabilidade do governo promover a proteção a vida a integridade física e moral das mulheres, quando estas tiverem seus direitos violados, e o estado tem que prevenir investigar e castigar todos aqueles que cometerem atos de abusos e violações.

As mulheres tem sido exemplo de resistência e persistência na busca de melhorias para suas comunidades.

Somos protagonistas de nossa historia, construindo uma sociedade que respeite a plurietinocidade e direitos, valorizando a mulher indígena.

 

“ trocaram nosso tronco mais não trocaram nossas raízes” 

 

 

Edna e Pretinha